you rock my world

Culto Club 11 Julho 2007
Demorei muito tempo a escrever isto, agora já vai a frio... Era para ter sido no Garage mas dois dias antes foi anunciada a mudança para o Culto Club em Cacilhas, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Cacilheiro lá vou eu, no bilhete 21h30, 21h10 à porta. Porta essa, fechadíssima. E assim ficou até quase às 23h...
Como a coisa estava pouco atrasada, de repente vejo chegar o vocalista dos D3Ö quando deveriam já ter tocado – normalíssimo, tudo.
Pois que tocaram, e bem, gosto deles, mas... Alguém se lembra que é 5ª feira, estamos em Cacilhas, o último barco para Lisboa é às 2h, é meia-noite e os Mudhoney ainda não começaram a tocar????!!!!!!!!!!
Mas está tudo bem, tudo bem, no pasa nada...
Mudhoney finalmente, arrasador, é incrível ao fim de tantos anos a energia que estas músicas têm, tocam tudo, vale tudo, há mosh, há stage diving, há crowd surfing. São fabulosos, adoro estas canções, com uma série de "Extreme make overs" e podíamos estar num qualquer clube manhoso de Seattle há muitos anos atrás (mais do que os que gosto de admitir...).
Claro que coisa iniciada de forma tão maravilhosa também não pode acabar de outra forma, são 2h da manhã, «o último barco!», vou-me embora enquanto eles fazem o encore.
Tudo normalíssimo! Tudo nesta noite foi normal aliás...

salvamento nº2

Superbock Superrock 5 Julho 2007
http://www.myspace.com/interpol
Foi um dia brilhante, não houve um concerto mau. Desde as sete da tarde com os Gossip e Beth Ditto a mostrarem que tocar com sol não é sinónimo de fraqueza, até às 2h da manhã com os Underworld a mostrarem porque são "os" senhores da música de dança.
Para quem gosta de música, foi um dia brilhante. Mas pouco antes da meia-noite, e depois de todo o sparkle dos Scissor Sisters, a escuridão invadiu o parque Tejo, a atmosfera alterou-se por completo e a música mudou a minha vida.
Sei que um concerto me afectou quando nos dias seguintes não consigo ouvir mais nada, e desde quinta-feira que, esteja ou não a ouvir música, tenho a guitarra melódica, a voz de Paul Banks a ecoar na minha cabeça, fecho os olhos e é como se ainda lá estivesse.
Nunca mais é segunda-feira para ir buscar Our Love To Admire, nunca mais é 7 de Novembro...

just like honey

Superbock Superrock 4 Julho 2007
Tendo em conta a memória que tinha de um anterior pavilhão Carlos Lopes -- há uma vida -- fui surpreendida por tanta "interacção", talvez também porque os anos não passaram só por eles, a música atinge-me agora de uma forma diferente.
Abstraindo-me de tudo -- e de todos -- descolo para uma viagem mental que apenas consigo atingir desta forma.
A vontade é de não haver mais nada, mais bandas, mais conversas, mais nada. A noite continuaria, sem gente a passar-me à frente, todos estariam na mesma frequência que eu.
A vontade é de alguém os trazer para um local mais intimista.
Satisfeitinha : )

2º acto

Superbock Superrock 3 Julho 2007
http://www.myspace.com/blocparty
Após uma noite de repetições, enquanto meio mundo comenta a divindade dos Arcade Fire, o meu voto vai para estes moços.

stired not shaken

Pavilhão Atlântico 30 Junho 2007
http://www.myspace.com/rickymartin
Está bem, não é coisa que ponha a tocar... Ok, não é coisa que me faça gastar dinheiro... Mas se a oportunidade de ir ver aparece, vou recusar?! But of course not! Se me aborrecesse pelo menos ia lavando os olhos... Pois não me aborreci, a produção do espectáculo não dava lugar a aborrecimentos, o rapaz é um "querido" e para além de ter tudo no sítio ainda me surpreendeu com uma mensagem de paz e de contentamento muito parecida com a que me anda a atravessar o espírito nos últimos tempos. Porque no meio de tanto sofrimento há, de facto, que agradecer: porque estou viva, porque tenho emprego, porque tenho uns pais fantásticos e... porque não há melhor num sábado à noite que uma taça de espumante na mão e o corpo a dar a dar enquanto se grita "allez, allez, allez!".
A partir de Setembro, tudo será diferente! :)